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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

YANSÃ









Dia: Quarta-feira
Cores: Marrom, Vermelho e Rosa
Símbolos: Espada e Eruesin
Elementos: Ar em movimento, Fogo
Domínios: Tempestades, Ventanias, Raios, Morte
Saudação: Epahei!


O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através de seus afluentes por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Odò Oya, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar. Esse rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn, Iansã (Yánsàn).


Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, está relacionada com o elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio de uma chuva, é a filha do fogo-Omo Iná.
A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que se fecha sem chover.


Iansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza a sua raiva, o seu ódio. Dessa forma, passou a identificar-se muito mais com todas as actividades relacionadas com o homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Iansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento.


O facto de estar relacionada com funções tipicamente masculinas não afasta Iansã das características próprias de uma mulher sensual, fogosa, ardente; ela é extremamente feminina e o seu número de paixões mostra a forte atracção que sente pelo sexo oposto. Iansã (Oyá) teve muitos homens e verdadeiramente amou todos. Graças aos seus amores, conquistou grandes poderes e tornou-se orixá.


Assim, Iansã tornou-se mulher de quase todos os orixás. Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, portanto é extremamente fiel e possessiva. Todavia, a fidelidade de Iansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas às suas convicções e aos seus sentimentos.


Algumas passagens da história de Iansã relacionam-na com antigos cultos agrários africanos ligados à fecundidade, e é por isso que a menção aos chifres de novilho ou búfalo, símbolos de virilidade, surgem sempre nas suas histórias. Iansã é a única que pode segurar os chifres de um búfalo, pois essa mulher cheia de encantos foi capaz de transforma-se em búfalo e tornar-se mulher da guerra e da caça.
Oyá é a mulher que sai em busca do sustento; ela quer um homem para amá-la e não para sustentá-la. Desperta pronta para a guerra, para a sua lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e vence.


Características dos filhos de Iansã / Oyá
Para os filhos de Oyá, viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa. Escolhem os seus caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vão à luta e conquistam o que desejam.


São pessoas atiradas, extrovertidas e directas, que jamais escondem os seus sentimentos, seja de felicidade, seja de tristeza. Entregam-se a súbitas paixões e de repente esquecem, partem para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido. Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, são extremamente fiéis à pessoa que amam, mas só enquanto amam.


Estas pessoas tendem a ser autoritárias e possessivas; o seu génio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas. Os relacionamentos longos só acontecem quando controlam os seus impulsos, aí, são capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que se tornem os senhores da situação.


Os filhos de Oyá, na condição de amigos, revelam-se pessoas confiáveis, mas cuidado, os mais prudentes, no entanto, não ousariam confiar-lhe um segredo, pois, se mais tarde acontecer uma desavença, um filho de Oyá não pensará antes de usar tudo que lhe foi contado como arma.


O seu comportamento pode ser explosivo, como uma tempestade, ou calmo, como uma brisa de fim de tarde. Só uma coisa o tira do sério: mexer com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte: batem em qualquer um, crescem no corpo e na raiva, matam se for preciso.
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Acarajé para Iansã ( qualquer tipo de pedido )

Material:

Feijão fradinho

1 cebola branca

Camarão seco

azeite de dendê

9 ramos de louro verde

moedas de cobre ( lavadas e secas )

9 velas laranja ou 1 vela de sete dias laranja

1 prato de barro


Modo de preparo:

Coloque o feijão fradinho de molho na água até que fiquem inchados, com as mãos esfregue bem o jeijão para que a casca saia, va enxaguando com água e deixe novamente de molho, esfregue novamente até que toda casca saia. Bata o feijão no liquidificador com uma cebola e o camarão, ponha a mistura em uma vasilha e bata bastante com a colher de pau ( como se estivesse batendo bolo) até que cresça a massa, Coloque o azeite de dendê em uma panela, deixando esquentar bem, mode o acarajé com a colher de pau e frite, com auxílio de uma colher va jogando a zeite em cima dos bolinhos, como se estivesse fritando pastel, os primeiros nove acarajés fritos devem ser colocados na porta de sua casa,entre a calçada e a rua ( onde corre a água da chuva )leve junto um copo com água e após colocar os acarajés na rua, jogue a água na rua.

Após os acarajés esfriarem:

  Enfeite o prato com os ramos de louro, coloque os acarajés (9 acarajés ) e espete uma moeda em cada um.
Acenda as velas em volta, saudando Iansã 9 vezes, faça seus pedidos e orações.

Este ebó pode ser feito em casa ou terreiro ( acendendo a vela de sete dias ) ou em uma moita de bambu, tomando-se cuidado para não por fogo no mato, causando revolta no Orixá. ( pode ser feito em beira de mato ou cachoeira, longe da água )



Ebó de Iansã para sorte e prosperidade
1 vasilha de barro

1 cebola branca

1kg de farinha de mandioca crua

1 copo de azeite de dendê

200 gr de camarão seco

1 pitada de sal

9 moedas de cobre ( lavas e secas )

9 rosas amarelas sem o cabo

9 quiabos com a ponta bem retinha

9 ramos de louro verde

9 velas laranja ou uma vela de sete dias se fizer o ebó em casa ou terreiro.


Modo de preparo:

Frite a cebola bem ralada no azeite de dendê, acrescente o camarão e a farinha, mexendo bem, coloque o sal, misturando bem até que fique bem homogenizado, deixe esfriar e coloque na vasilha, coloque os ramos de louro espetados na borda da vasilha, intercalando com os quiabos com as pontas para fora e as rosas, faça um cículo no centro com as moedas, passe o alguidar simbolicamente de baixo para cima em seu corpo, pedindo Iansã que erga sua vida, trazendo triunfos em suas batalhas, sorte, abertura de caminho e sucesso. Acenda a vela saudando Iansã 9 vezes, fazendo seus pedidos e orações.



Todos estes ebós de Iansã devem ser feitos em lua nova, crescente ou cheia.

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