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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Jagun

A HISTÓRIA DO ORIXÁ JAGUN


Jagun Orixá Agbará Esé Egi Iroko

Segundo as lendas e itans, conta-se que Jagun, era Guerreiro dos Exércitos de Obatalá e que foi enviado às Terras de Omolú para lutar pela páz em nome de Oxalá. Por isso, ele é cultuado em algumas nações como “Qualidade de Omolú”, por ter passado vários anos em terras de Omolú.  Trata-se de um Orixá Funfun, pois o culto a Jagun nasceu no Ekiti Efon, por esse motivo Jagun é cultuado no Axé Efon como um Orixá separado de Omolú.

Antes dele ter ido para as terras de Omolú já existia seu culto no Ekiti, onde era sua terra natal. Assim também conta seus itans que Jagun teve passagem não só nas terras de Omolú, mas também nas terras de Ifé (Terra de Ogun) e Elegibô (Terra de Osayan). Pela ordem do meridilogun, Jagun responde no Odú Ejionilê (oitavo Odu) Odú regido por Oxaguiã, Odú no qual também respondem outros Guerreiros Brancos como Ogun-Já e Oxaguiã Ajagunãn. Pela ordem de chegada dos odus, o culto a Jagun nasceu no Odu Okaran.
Os filhos de Jágun, tem aparência jovem, são autoritários, arrogantes, guerreiros, justiceiros, briguentos e agitados, fortes na adversidade, costumam fazer tudo à sua maneira, ouvem conselhos dos outros, mas costumam seguir sua própria vontade…São pessoas trabalhadoras, gostam de tudo rápido, exigem asseio, limpeza; são pessoas impulsivas; pessoas de espírito livre; enjoam de tudo facilmente; são dados a paixões violentas e passageiras, são curiosos, adoram viajar. Possuem grande proteção espiritual, boas amizades e, quase sempre, caminhos abertos. 


Possuem comportamento delicado, são honestas, dedicadas e atenciosas. Vivem com grandes esperanças, estão sempre apaixonadas, são sonhadoras, sofrem e se desdobram para ajudar e defender os amigos. Quando são repudiados ou sofrem algum tipo de traíção podem se tornar extremamente vingativas e amargas. Apesar de serem guerreiras e obstinadas, as pessoas de Jágun, às vezes se isolam preferindo ambientes calmos e tranquilos. 

A personalidade dos filhos de Jágun é um misto de caracteristicas de Ogun, Omolú e Oxaguiã.
Jágun, é uma palavra Yorubá, e significa: Guerreiro, Soldado.
Jagun é um Orixá ambicioso, luta para conquistar posição alta sem ver de que maneira…Apesar de ser Orixá Funfun (branco), é considerado e cultuado como Santo de Guerra, “santo quente”, carrega uma lança prateada na mão e um facão ao adaga e muitas das vezes dependendo do caminho de Jagun ele usa até um ofá nas mãos,pois conta se um itan que Oxalá o nomeia como o guerreiro de todas as armas veste-se somente de branco.

Usa contas brancas rajadas de preto e dependendo da qualidade, intercalada com contas brancas, gosta também de contas feitas de buzios e marfin. Jágun é Orixá Jovem,quase chega ser um menino adolecente de Obatalá .. Ligado a Obatalá (Rei no pano branco ), tem caminhos com Ogun Já, Oxaguiã – Ajagunãn, e Ayrá. Tem caminhos também com Yemanjá e quase todas as Yabás, pois elas acalmam sua fúria.Quem traz Jágun ao barracão é Oxaguiã. 

Ele é considerado o “protetor” e “guardião” de Oxalufã.
A dança de Jágun é extremamente guerreira, começa com movimentos lentos, dança empunhando sua lança e adaga, seu momento de “êxtase” é quando salta e se sacode todo empunhando a lança de um lado para outro, tamanha é sua fúria guerreira nessa hora. Segundo as lendas, a lança prateada de Jágun, durante as batalhas e guerras, além de ser usada para proteção contra os males e feitiçarias e abrir os caminhos, deixava seus inimigos cegos após serem feridos por ela. 

Jagun, assim como Ogun, é um grande caçador, e por sinal foi ele quem ensinou seu irmão Oxóssi a caçar. Ele nao deixa também de ser um guerreiro, assim é Jagun, um grande guerreiro mas também um grande caçador. E algumas de suas cantigas relatam isso. Conta o itan de Ogi-Ogbé/Okaran que existiam três irmãos: Já, Jágun e Ajagunãn. Eram três Guerreiros que pertenciam aos exércitos de Obatalá, lutavam e venciam todas as guerras e batalhas em nome de Oxalá e eram os Guardiões deste Orixá. 

Eram chamados de Guerreiros Brancos, por se vestirem somente com trajes brancos em homenagem a Obatalá. Eram considerados invencíveis, por sua bravura e coragem, nunca perderam uma batalha sequer. Sempre muito unidos, nunca se separavam. Mas um belo dia, os três irmãos guerreiros, foram guerrear contra a cidade de Oxun. Oxun com a grande sabedoria dos poderes de Ya mi, foi avisada que seu reino seria atacado. Oxun ficou desesperada e foi até Ifá para saber o que faria. 

Orumila mandou ela fazer um ebó,  sacrificar oito Igbis à Oxalá e com o casco fizesse um pó e soprasse nas terras de Osogbo. Assim Oxun fez, quando os guerreiros chegaram para invadirem as terras, eles ficaram tontos e se perderam um do outro. Aí que Jagun foi para as terras de Omolú, Já para as terras de Ifé Ogun, e Ajagunã para as terras de Oxagyan. Mas mesmo assim, os três irmãos sempre estão juntos, respondem um pelo outro, eles continuam a ser Guerreiros Brancos, ou seja, são considerados Orixás Funfun, e sempre ligados a Obatalá, seus caminhos se cruzam…os três irmãos Guerreiros continuam nas batalhas, sempre guerreando pela Páz. 

Deram essa característica guerreira aos seus filhos. É por isso que o culto a Jagun foi assimilado ao de Omolú, sendo que depois disso conta o Itan que ele viveu alguns anos nas terras de Omolú e que lá encontrou uma linda mulher que também nao era das terras, mas estava lá por outros motivos, e se apaixonou por ela, tiveram filhos e se amam até hoje, e essa linda mulher era Yewá . Lá, ele se juntou com o Orixá Osayn e passou a ser um grande curandeiro, e em tempos de guerra ele cuidava dos guerreiros feridos com as porções e ervas mágicas que Osayn o ensinou.

Jagun teve uma trajetória muito grande e bonita nas terras de Omolú, mas depois de anos retornou as terras do Ekiti-Efon, onde Oxun era rainha e Osagyan grande gurreiro e protetor do palácio e cidade de Oxun. Conta-se também que Jagun foi às terras de Osogbo, para destruir a cidade e buscar Oxun, pois Oxun tinha sua cidade onde era rainha Ekiti Efon, entao por ordem de Olooke ele fui buscá-la. Depois disso tudo ter acontecido, Jagun viveu anos nas terras de Omolu, Oxagyan trouxe Oxun de volta para Ekiti-Efon, por isso muitos acabaram se equivocando ao falar que foi Oxagyan quem deu as terras de Ekiti para Oxun, mas nao foi isso que aconteceu, ele apenas trouxe Oxun de volta a terra onde ela nasceu e era dona junto com Olooke seu pai.

Orixá Olooke vendo o prejuizo que Jagun teve e o tempo que ficou em outras terras, por causa de seu pedido de buscar Oxun, intitulou Jagun Olu Efon (Guerreiro senhor de Efon), para retribuir o tempo que Jagun ficou afastado de sua terra que tanto amava (Ekiti – Efan). Orixá Jagun foi muito confundido com o culto à Omolu e Obaluaye, e foi por esse motivo que muitos de seus fundamentos se perderam, mas graças a Olorum e ao Axé Efón, está sendo resgatado todos os preceitos e orôs..Jagun possui caminhos próprios, como Jagun Odé, Arawe, Agaba e outros..Jagun um Orixá exclusivo do axé Efon, mas que foi migrado para as terras de Gege Mahí e Ketú….Jagun é um lindo Orixá de grande valor no Axé Efón, lembrando que o culto à Jagun no Efón (efan) é separado de Obaluaye….
 
Aqui vamos relacionar alguns caminhos de Jagun ...

Jagun Arawê, ligado a Ossayn e Oxaguian

Jagun Igbonan, ligado a Ayrá,Oya e Obá

Jagun Algbá, ligado a Exú, Oxaguian, Oxalufan e Oxun Yeye Ayalá

Jagun Odé, ligado a Odé Inlé, Ogun Jáe todos os caçadores

Jagun Agbá funfun, ligado a Oxalufan, Iyemanjá e Oxun

Jagun Seji Onan ou Ajoji, ligado a Exu e Ogun



Suas folhas: Akoko, algodão, saiao fortuna. folha de obi, folhas de iroko , folhas oguegue e todos folhas de Oxalá…


Orins T’Jagun :

(cantigas de Jagun)

Jagun Abagbá Jagun Abgbá
Arawrá ae
Arwrá ae
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Já,Ajagun,Ajagunan
Pele já ae
Ja, Ajagun, Ajagunan
Pele já ae
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Jagun Olu Efón
Jagun Olu Efón´
Jagun Efón Jagun Efón
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Awure Babá Jagun
Awure Babá Ajagun o
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             O MISTERIOSO OGUM XOROQUÊ                                     









O Nome Sorokê, pode derivar de Osô-Arô-Okê, sendo que a partícula Osô significa “detentor do poder mágico”, Arô designa “um deus velho ou antigo” e Okê é “a montanha”, formando então o nome “antigo deus da montanha detentor do poder mágico” ou mais comumente, “Senhor do Alto da Montanha”. E não erradamente como veicula por entre cultos “aquele que grita mais alto” 


A nomenclatura Osô é um termo também utilizado para os Antigos Feiticeiros, ou designar “feitiço”, “maldição”, bem como nomes de deuses antigos há muito tempo esquecidos como Dsô, Osôgbô, Osô, deuses relacionados aos vulcões e montanhas, associados aos Vodun da família do Raio e do Trovão, como Heviosô, análogos ao deus Dzacuta ou Xangô. 

Ogun sendo um deus da forja dos metais e do fogo, provavelmente, se fundiu, ou foi confundido, com o Orixá Okê e seu Exú Sorokê ligados não somente ao Pico das Montanhas, mas também aos vulcões. 

Ogun Sorokê, portanto, é um Ogun ligado aos vulcões, ao magma e ao culto aos Osô ou feiticeiros seguidores de Okô. 









É além de um deus vulcânico um grande feiticeiro, portador do segredo da forja de todos os metais, inclusive do ouro. Por isso sendo considerado o “Senhor da Riqueza” 
É possuidor da riqueza assim como o seu Orixá Meji Okê que é um deus também da prosperidade e da abundância. 

É descrito metade Imole Exú Sorokê e metade Ogun, sendo portanto um deus da guerra, dos caçadores, da forja dos metais, das armas e da magia contida no ouro e no ferro. Para se reconhecer um filho genuíno de Xoroquê, esse Ogum vira na cabeça do filho primeiramente como Exú, trabalha sete giras como Exú, e na sétima caída de orí, ele Nasce como Ogum...Esse é o diferencial pra se reconhecer esse Ogum. Tanto nas nações quanto Umbanda, esse Ogum é Exú primeiro, por isso muitos filhos deste Orixá, são tidos como filhos de Exú, mas como muitas nações não cultuam Exú como Orixá, então é cultuado Ogum Xoroquê, seu fundamento é todo Duplo, ao se fazer seu assentamento, assenta-se Ogum e Exú, suas vestes são no azul noite, preto e vermelho, suas guias são nessas cores, mas em seu fundamento tem que ter a guia de Ogum e a guia de exú, em suas saídas, sai-se primeiro como Exú, com o Tridente na mão e depois sai como Ogum é quando Xoroquê cruza a espada com o tridente, tem que fazer um amalá de inhame cozido em forma de vulcão, pois Xoroquê foi lançado fora do Vulcão, é um Orixá quente, que esquenta seu filho facilmente. Os filhos deste Orixá são tidos como irresponsáveis e temperamentais, não toleram a mentira, mas estão sempre se metendo em brigas, que muitas vezes não são deles. 



OGUM  XOROQUÊ  NO  BRASIL: 


O culto ao Orixá Okê, tal como, o dos Orixás Okô, Gunokô, Bayanni, Oduduwa, Onilê, Rowú e outros deuses que deixaram de serem cultuados no Brasil, perdeu um pouco das raízes africanas, sendo estes considerados deuses quase que extintos no Candomblé. 

Isso também aconteceu com Ogum Xoroquê, sendo muito comum alguns sacerdotes de Candomblé denominar este como “um Exú de Umbanda”, ou seja, um Ekunrun ou um guia como os pretos-velhos, caboclos, boiadeiros, ciganos ou entidades de “incorporação” em “médiuns” umbandistas. 

Ogun Xoroquê (Sorokê), portanto, não é nem “exú de Umbanda”, nem Egun, nem “caboclo encantado”, ekunrun e afins, é um Orixá que surgiu de um culto do Orixá Okê e seu Imole Exú Sorokê fundido com o culto do Ogun Xoroquê (Sorokê).







LENDA DE XOROQUÊ

Uma vez ao voltar de uma caçada não encontrou vinho de palma (ele devia estar com muita sede), e zangou-se de tal maneira que irado subiu a um monte ou montanha e Xoroquê (gritou Ferozmente ou cortou cruelmente do alto da montanha ou monte), cobrindo-se de sangue e fogo e vestiu-se somente com o mariwo, esse Ogum furioso chamado agora de Xoroquê, foi para longe para outros reinos, para as terras dos Ibos, para o Daomé, ate para o lado dos Ashantis, sempre furioso, Guerreando, lutando, invadindo e conquistando. 


Com um comportamento raivoso que muitos chegaram a pensar tratar-se de Exu zangado por não ter recebido suas oferendas ou que ele tivesse se transformado num Exu (talvez seja por isso que chegue a ser tratado como sendo metade exu por muitos do candomblé). 


Antes que ele chegasse a Ire, um Oluwo que vivia lá recomendou aos habitantes que oferecessem a Xoroquê, um Aja (cachorro), Exu (inhame), e muito vinho de palma, também recomendou que, com o corpo prostrado ao chão, em sinal de respeito recitassem o seus orikis, e tocadores tocassem em seu louvor. Sendo assim todos fizeram o que lhes havia sido recomendado só que o Rei não seguiu os conselho, e quando Xoroquê chegou foi logo matando o Rei, e antes que ele matasse a população Eles fizeram o recomendado e acalmaram Xoroquê, que se acalmou e se proclamou Rei de Ire sendo assim toda vez que Xoroquê se zanga ele sai para o mundo para guerrear e descontar sua ira chegando ate a ser considerado um Exu e quando retorna a Ire volta a sua característica de Ogum guerreiro e vitorioso Rei de Ire.






AS CONJURAÇÕES DE XOROQUÊ






As conjurações deve ser feitas sempre que se for dar alguma oferenda ou fazer algum pedido.
essas conjurações devem ser feitas por uma unica pessoa e ninguém poderá ver vc fazer essa oração


PRIMEIRA CONJURAÇÃO: Senhor Xoroquê, Rei do Ouro, Senhor das nobrazas e das farturas, invoco-te por parte do Maioral todo poderoso, para que neste exato momento, coloques teus sete emissários em meu favor, para solucionar o que preciso, no prazo de sete minutos,sete horas ou sete dias, pois para isto foste criado.




SEGUNDA CONJURAÇÃO: Senhor Xoroque, assim como o bode berra, o fogo estala e a fumaça sobre, eu...(diga o seu pedido)quero que meus desejos sejam agora a mim dirigidos, como a luz do sol clareia a terra,tu, com as sete forças do espaço, irás dirigir a mim tudo aquilo que eu quero e preciso neste exato momento, dentro do curto prazo de sete minutos,sete horas ou sete dias, poispara isso foste criado.




TERCEIRA CONJURAÇÃO; Senhor Xoroque,tu que tens o grande poder de aliviar-me de todas as necessidades materiais, neste exato momento suplico e ordeno-te farás com que as tuas sete falanges do espaço venham em meu socorro no curto tempo de sete minutos sete horas ou sete dias, pois para isto foste criado.
















quarta-feira, 18 de maio de 2011

Materiais para venda









SINOPSE: Mãe de Santo é uma minisséria brasileira produzida e exibida pela Rede Manchete em 1990.

A história não possui uma trama central. Uma mãe-de-santo do Candomblé, vivida por Zezé Motta, narra, em seu terreiro, histórias mitológicas dos deuses africanos: Exu, Ogun, Oxóssi, Ossãe, Omolu, Xangô, Logun Edé, Oxumarê, Oxalá, Iansã, Oxum, Iemanjá, Ewa, Obá e Nanã.
Nos 16 episódios que compõem a minissérie, são mostrados, de forma singular, os rituais tradicionais do Candomblé, bem como, as características, personalidade e comportamento dos filhos desses orixás.

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SINOPSE: A luta de Pedro Archanjo para proteger a cultura africana e integrá-la à sociedade brasileira, criando uma nova cultura. Ele é guiado por Magé Bassã, sua mãe-de-santo, que lhe revela a missão de ser "a luz de seu povo.
A história se passa em Salvador e começa com a morte do velho ogã Pedro Archanjo, que passa mal ao tomar uma cachaça no bar, enquanto as rádios transmitem a iminente derrota do III Reich.
Numa penosa caminhada, na qual fortes dores no peito se misturam a visões dos orixás - Oxalá, Xangô, Oxóssi, Ogum, Iansã e Omulu - ele tenta chegar ao seu modesto quarto sem que ninguém perceba. Mas desmaia no caminho e é levado às pressas para o castelo de Cesarina, onde, à beira da morte, relembra aventuras, festas, amores e, principalmente, a sua missão de manter vivas na Bahia as culturas negra e mestiça, isto é, as raízes brasileiras.
Isso no cenário baiano embalado pelas histórias dos personagens que se cruzam ante à luta de Archanjo: a amizade com Mestre Lídio Corró, abalada quando Rosa de Oxalá, a mulher dele, apaixona-se por Archanjo; o amor proibido de Budião e Sabina, impossibilitado por causa da incompatibilidade de santos; a luta contra a intolerância e o preconceito racial dos poderosos; a relação de Archanjo com as mulheres, em especial à jovem Ana Mercedes, uma libertária; o amor inter-racial de Damião e Luísa, ela filha do Prof. Nilo Argolo, racista ferrenho e defensor da separação de brancos e negros.


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    História  dos negros que eram levados da África a força para outros países, tendo que se habituar aos costumes, religião, língua e cultura do homem branco.
A minissérie gira em torno da bondosa, porém sofrida Escrava Anastácia, que ainda com seu nome de batismo Ojú Orun, é caçada na África e brutalmente levada como mercadoria, sofrendo todo tipo de castigo e humilhação, através do navio negreiro rumo ao Brasil, onde é marcada em ferro em brasa, é vendida e passa a se chamar Anastácia. Ela passa a trabalhar num engenho de açúcar, uma grande fazenda, sendo forçada a aprender a língua portuguesa e a cultuar o catolicismo. O homem que a comprou, e agora seu senhor a quem deve obedecer em tudo sem contestar se chama Dom Antônio.
Anastácia revela ter o dom da cura, um dom mediúnico para curar as pessoas com rezas e ervas e passa a fazer essas curas em negros doentes e começa a despertar em seu senhor a atenção por sua imensa beleza, causando muitos ciúmes em sua patroa, Sinhá. Outro homem que fica perdidamente enfeitiçado pela negra é o Feitor Fluentes. Isso desperta a maldade entre o feitor e o senhor da fazenda, que pensam em satisfazer seus desejos sexuais com a pura escrava.
Nesse novo rumo que sua vida tomou, agora ela se tornou um ser infeliz, pois foi privada da liberdade a qual todos tem direito. Ela também sofre por todos os negros que estão na mesma situação de escravos, porém, mesmo sofrendo, seu bondoso coração jamais deixou de ajudar e amar o próximo. Nessa fazenda tudo de mau pode ocorrer a pobre escrava, já que agora ela passou a ser um objeto de trabalho e prazer, e não um ser humano, aos olhos crueis dos brancos ricos.
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Sinopse

O documentário faz uma viagem no espaço e no tempo em busca das origens africanas da cultura brasileira, partindo das mais antigas tradições religiosas afro-brasileiras: o Candomblé, da Bahia, e o Tambor de Minas, do Maranhão. Na Rota dos Orixás transporta o espectador para a terra de origem dos orixás e voduns, o Benin, onde estão as raízes da cultura jeje-nagô.

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O documentário Povo de Santo e uma singela abordagem dessa religiosidade de matriz africana na Bahia, com enfoque de quem proclama dessa fé. São vozes de Sacerdotisas Sacerdotes de importantes terreiros que foram e estão sendo reconhecidos pela Fundação Cultural Palmares para o posterior tombamento como Patrimônios Culturais do Brasil pelo Iphan. São terreiros das nações e ou etnias Angola (Banto), Jeje (Fon) e Keto (Ioruba), com influencia dos Caboclos (Encantados) dos índios nativos configurando a diversidade de panteões que cultuam os Inquiçes, Voduns e Orixas. 

Essas perolas religiosas dialogam entre si sobre o legado religioso ancestral africano, o segredo e o sagrado, o sacrifício e a fortuna, a intolerância religiosa, os conflitos dos evangélicos, a demonização do Candomblé, o preconceito racial, tradição e modernidade, as praticas afirmativas e em suma a magia e a beleza de professar a religiosidade de matriz africana. 

São apresentados depoimentos do Antropólogo Vilson Caetano Junior; de Mãe Noelia do Terreiro Mansu Dandalunda; do Alaba Balbino do Terreiro Omo Ilê Agbaoula; do Advogado e Ogan do Terreiro do Cobre Samuel Vida; Maria Clara do Terreir
o Gerebeta Gume Sogboada; do Arquiteto especialista em arquitetura do Candoble Fabio Velame; Baba Silvanilton do Terreiro Casa de Oxumare; Makota Valdina Pinto do Terreiro Tanuri Juçara; Mãe Cecília Soares do Terreiro Maroketu; Mãe Jaciara Ribeiro do Terreiro Abasa de Ogum; Tata Ancelmo do Terreiro Mocambo; Gaiaku Regina do terreiro Rupayme Runtologi em Cachoeira e do filosofo e educador, diretor da Ong Omi-Dudu Bartolomeu Dias. O dialogo entre a gente de santo so foi possível graças a metodologia da historia oral, como uma poderosa ferramenta do fazer histórico, do fazer cinematográfico e do fazer cultural.

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 filme Pierre Fatumbi Verger: Mensageiro entre dois mundos, sobre a vida e a obra do francês que se tornou baiano fundamental , foi narrado e apresentado por Gilberto Gil que encarna o papel de refazer os caminhos percorridos por Verger, nos três continentes: África, Europa e América; mostrando sua vida e pesquisa que se misturam aos olhos de quem começa estudá-lo.

O enredo do filme é intenso entre os mundos baiano e africano, o tempo todo somos embalados por atabaques tocados com força e vigor, o contraste sempre muito presente reforça o olhar que Verger tinha, misturado às cores e línguas que faz do mistério e do segredo personagens que estão ali, na Bahia, na África, em Verger, no filme.
Pierre Verger vê no ano de 1932 um marco, após a morte da mãe, torna-se um fotógrafo viajante. De dezembro de 1932 até agosto de 1946, foram quase 14 anos consecutivos de viagens ao redor do mundo, sobrevivendo exclusivamente da fotografia. Verger negociava suas fotos com jornais, agências e centros de pesquisa. Fotografou para empresas e até trocou seus serviços por transporte. Paris tornou-se uma base, um lugar onde revia amigos e podia fazer contatos para novas viagens. Trabalhou para as melhores publicações da época, mas em suas imagens observamos sempre o olhar atento que registrava os costumes e hábitos de negros por todo mundo. Na sua viagem à África Ocidental (1935-1936), Verger conhece a cultura iorubá e somente em 1946 chega a Salvador onde aguçou seu interesse pelas raízes dos costumes locais e a relação entre a cidade brasileira e o outro lado do Atlântico, iniciando uma pesquisa sobre a cultura e a religião africanas: cultos aos orixás, a botânica usada nos rituais, o comércio de escravos entre o golfo de Benin e a Bahia de Todos os Santos foram alguns de seus temas, Verger, como ele mesmo diz na entrevista incluída no filme, fixou-se na Bahia em "razão do charme de Salvador", onde inicialmente não "ousava" fotografar nenhuma pessoa de pele clara. Nessa pesquisa ele passa 20 anos entre os dois continentes, protegido por uma entidade; torna-se filho de Mãe Senhora, realizando um trabalho academicamente reconhecido, recebia uma bolsa de estudos e pesquisas do Institut Français d’Afrique Noire (Ifan) e como resultado apresenta a etnografia Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o Golfo do Benim e a Bahia de Todos os Santos, dos século XVII a XIX, um trabalho que mostra a forte relação de brasileiros em Benin e africanos em Salvador. A realização dessa obra se deu de uma maneira mais que participativa, Verger foi primeiramente iniciado no candomblé, é nomeado babalaô (pai do segredo,uma espécie de adivinho), se torna Fatumbi depois de batizado no Ifá (jogo de adivinhação que deu origem ao que é conhecido como jogo de búzios no Brasil) . Pierre Fatumbi Verger era integrante, participante e religioso, ganhou confiança, entrou no mundo de segredos e mistérios que pesquisava. Ele próprio dizia-se racionalista, que não acreditava e não se considerava pesquisador já que não possuía seriedade e vontade de perguntar tal como um pesquisador faz, naquele momento ele estava criando um estilo próprio de fazer etnografia, de pesquisar e fazer ciência. Em 1966 recebeu o titulo de doutor pela Academia na Universidade Sorbonne sem mesmo ter uma formação acadêmica, mas uma formação de conhecimento da realidade.